Maria Lopes

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terça-feira, junho 05, 2012

5 de junho de 1972 - A origem do Dia Mundial do Meio Ambiente








05/06/2011 - 00:00 | Enviado por: Lucyanne Mano






"A Conferência de Estocolmo chegou a seu fim, depois de 12 dias de muito trabalho e grandes dificuldades. O Brasil obteve o que pretendia do encontro: a colocação real dos problemas da poluição e o respeito à soberania nacional". Mauro Santayanna, enviado do Jornal do Brasil


O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituido pela ONU em 1972, em referência à 1ª Conferência Mundial de Meio Ambiente que aconteceu em Estocolmo, na Suécia, aberta em 5 de junho. Na ocasião representantes de diversas nações reuniram-se com o objetivo de discutir a responsabilidade e o papel de cada país na contenção do descontrole ambiental.

O trabalho da conferência se dividiu em três planos: as reuniões plenárias, os comitês técnicos e o grupo de trabalho, encarregado da revisão do Projeto de Declaração sobre o ambiente humano.

Foi o encontro de dois medos: os países desenvolvidos traziam o pânico da asfixia pelos subprodutos da riqueza - ou pleo menos diziam trazê-lo. Os povos pobres, além do horror à fome e à miséria, concorriam com sua desconfiança. A que serviria esta náusea de progresso que os ricos dizem existir no mundo? Como em todas as assembléias políticas, formou-se uma esquerda, um centro e uma direita. Não tememos concluir que, neste caso, o Brasil se alinhou aos rebeldes de Estocolmo, com a China, a Índia e os dois únicos países socialistas da Europa que compareceram à conferência: Um objetivo comum que unia estes países de sistemas internos diferentes: o resguardo de sua soberania e o direito de arrancar, através do desenvolvimento, suas populações da pobreza, confirmando que o desequilíbrio ecológico é resultado direto do desequilíbrio econômico e político entre as Nações da Terra.

Em outras palavras, o mundo precisava de uma resposta para a polêmica: "Como será possível prosseguir o desenvolvimento econômico - principalmente dos países relativamente atrasados - sem a destruição suicida dos recursos naturais?" Mais do que iniciativas meramente ecológicas, o que estava em jogo era a definição do controle político, econômico e ideológico dos recursos naturais. Países ricos e pobres discordavam a respeito da postura dos países desenvolvidos em sua devastadora colonização extrativista praticada inesgotavelmente. Um sinal de que teoria e prática não habitavam ainda sob o mesmo teto.

Era apenas o alvorecer de uma discussão que estaria muito distante de seu desfecho..
Fonte:http://www.jblog.com.br
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Postado por Maria Lopes de Andrade. Jornalista- Homeopata não Médica pela Universidade Federal de Viçosa- MG- Brasil.

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