A obra humana, épica, para além da proeza,
é para alguns mero espelho da graça divina.
Como se o formigueiro erguido na campina
fosse obra do acaso ou da inerte Natureza!
Tomai os louros, embriagai-vos de grandeza,
ó nobres homens, que não há céu que vos defina,
nem terra agreste que se oponha à vossa sina
de obrar milagres, florescer em tal empresa!
Mas jamais desdenheis dos céus, quiçá perplexos
com a indústria de mortais sublimes, complexos,
que usurparam o trono e a coroa das deidades.
Amanhã, à conquista da morte! Adiante,
ó guerreiros da luz, por trilho coruscante,
em êxtase cantando às áureas claridades.
(Luís R Santos)
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