Maria Lopes

Maria Lopes

sexta-feira, junho 24, 2016

Os soluços de Temer no leito de morte

Temer não existe, é imaginário.

Os soluços de Temer no leito de morte

Fruto de um golpe, o governo de Michel Temer nasceu no leito de morte. Seguram suas mãos aqueles que há anos fogem do frio e da escuridão.
O PSDB é o ar que permite Temer respirar por mais alguns instantes. Eles dividem o mesmo aparelho, respiram juntos. Custa caro e quem paga a conta são aqueles que ainda tem chances de vida.
Temer não existe, é imaginário. Seu partido, o PMDB, é o dono da pá, do cal, do cofre e da chave da cadeia.
Já se passaram pouco mais de 40 agonizantes dias e a cada respiração Temer percebe que o ar é sufocante e passa a enxergar apenas a pá e o cal.
Cai ministro, cai mais um e cai outro. Temer olha no espelho e enxerga a melhor imagem, o nada.
Chegou um pedido de prisão para quatro dos seus principais coveiros, era o fim. Temer via ali a sua última chance, os soluços finais.
O plano estava indo por terra. Dilma, sua vítima, dia a dia recuperava forças e popularidade. Temer tirou sua comida, seu transporte e deixou presa no Palácio. Não foi suficiente.
Temer não morrerá fácil, afinal ele é apenas imaginário, é nada. As forças que eram ocultam saíram das trevas. Gilmar vazou o pediu de prisão dos coveiros de Temer e pós por terra o plano de Janot. Gilmar PSDB foi o ar que Temer precisava naquele momento.
Temer não esperava que na Comissão do Golpe no Senado, apenas 5 senadores e um advogado bem articulado pudessem incomodar como incomodaram. As verdades vieram à tona e a cada dia o golpe ficava mais claro. Testemunhas de acusação inocentavam sua vítima, Dilma. Técnicos isentos inocentavam sua vítima, Dilma. Mesmo com tudo armado, era o fim.
Longos e agonizantes 40 dias se passavam e eis que Temer tem uma cura repentina, acorda e diz, “É GOLPE”. Foi uma autotraição, comum para quem é apenas um nada.
Temer tenta criar uma agenda positiva, mas não consegue. Seu curto desgoverno é frequentador assíduo das páginas policiais e Temer precisava de uma solução rápida para fugir das capas dos jornais, do JN e até da Veja.
Ele conseguiu um soluço. Deu ao PT o que é de fato e de direito do PDMB, a cadeia, a Polícia Federal. Tudo cuidadosamente preparado:
Primeiro uma visita “cortesia” do ministro da Justiça (ex-advogado de Cunha) ao pessoal da PF, da Lava Jato e claro, ao “rei” Moro. No dia seguinte a PF prende um ex-ministro petista e prepara um cenário de guerra na porta do PT, tudo em nome da fotografia e marketing político.
Não é justo deixar Temer sofrer tanto no leito de morte, como também não é justo deixar que ele leve consigo todos aqueles que fazem do Brasil um país cheio de esperança por dias melhores. É preciso tirar o ar que Temer respira e assim deixá-lo seguir para onde jamais deveria ter saído, o nada.

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