Flávio Arns (PT-PR) acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de agir de forma "desumana e insensível" ao pressionar os governos estaduais e as prefeituras a "praticamente fechar" suas escolas para alunos com deficiência. Explicou que "pessoas do Ministério da Educação" têm agido com incompetência ao implantar, de qualquer forma, a política de educação inclusiva, pela qual os alunos com deficiência têm de frequentar escolas comuns.
Arns leu carta do pai de um garoto com autismo, de Roraima, onde o governo estadual, em atendimento à política do Ministério da Educação, transformou a escola de educação especial em "centro de atendimento", no qual os alunos "não têm nenhum dos cuidados que recebiam antes".
Indignado, o senador observou que as necessidades desses alunos são bem diferentes "do que estudar biologia ou matemática".
– Como é que um aluno especial, que às vezes faz suas necessidades fora do banheiro, vai se integrar em uma sala de aula com alunos comuns?
Flávio Arns observou que a lei sobre escolas especiais não foi alterada no governo Lula. Mas "pessoas do Ministério da Educação" passaram a interpretar de maneira diferente a legislação e a pressionar pela educação inclusiva. Trata-se, disse, de uma "postura xiita, fundamentalista"
Texto extraído do Jornal do Senado - Edição de quarta-feira, 18 de março de 2009- Jornal eletronico
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